“Não importa o que fizeram de nós, mas o que fazemos com aquilo que fizeram de nós” - Sartre
A velha frase de Sartre “não importa o que fizeram de nós, mas o que fazemos com aquilo que fizeram de nós”, encaixa-se muito bem nestes escritos. A cobrança social pelo corpo perfeito, a exigência da estética, destituída da essência, têm levado muitos estudiosos a verem o culto ao corpo como o mal do século atual. O culto ao corpo não visa a qualidade de vida e satisfação pessoal, mas sim, as curvas belas para satisfazer o olhar de quem as olha. Como diz Santos: “oferecer o impacto visual necessário ao show”.
É claro que não posso fugir de ser olhada pelo outro, até mesmo porque ele tem um papel fundamental no meu amadurecimento. O olhar que o outro tem a meu respeito pode não ser cruel, pois é através deste olhar que paro e reflito, descobrindo quem sou ou quem eu gostaria de ser e desta reflexão tenho a liberdade de ser o que eu desejar ser. O problema surge quando significo o olhar da outra pessoa como sendo mais importante do que aquilo que eu penso a meu respeito ou desejo ser, esquecendo quem sou eu. Vejo-me como sendo aquilo que o outro quer que eu seja e nada mais, sua fala e expressão cruel ecoam em minha mente.
O melhor caminho para não adoecer, emocionalmente e mentalmente, é aceitar sermos quem somos, aceitarmos nossa situação atual, “hoje eu estou assim” e buscar transcender esta situação, mas nunca com o pensamento focado no “show” que o outro espera ver, mas dizer para si mesmo “desejo estar assim (independente de como meu corpo está), sentindo-me bem comigo, estando com saúde”, “não vou entrar nestas noias para competir comigo ou com quem está a minha frente, apenas para satisfazer quem me olha”.
A fala de Sarah Dias é muito rica, pois lembra aos leitores que dentro de um “corpo existe uma pessoa”, que por sinal é bela, com muitas riquezas, com muitos conteúdos, diversos conhecimentos que estão ali para serem explorados.
Hoje nossa falta de limite e respeito pelo outro, tomaram proporções cruéis, viver somente a cultura da aparência externa, é descartar um ser único, é olhar com superficialidade, como se o outro fosse um objeto e isto é um crime ao ser humano, ao seu desenvolvimento emocional, cognitivo e social. É estimular a anorexia, vigorexia, dismorfia corporal, depressão, ansiedade e até mesmo o suicídio.
Graduada em Psicologia, pela Universidade Paranaense (Unipar-Jan/2006). Graduada em Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, pelo Centro Universitário de Maringá (Cesumar- Fev/2011). Graduada em Técnica em Reabilitação de Dependentes Químicos, pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR-Jul/2016). Especialização em MBA em Gestão de Pessoas pela Faculdade Sul Brasil (Fasul-Nov/2010). Especialização em Psicologia Fenomenológica Existencial pela Universidade Paranaense (Unipar-Out/2011). Discente na Especialização em Neuropsicologia pelo Centro de Diagnóstico Neuropsicológico (CDN). Discente na Especialização em Neuroaprendizagem, pelo Centro Universitário de Maringá (UniCesumar). Formação em Professional e Self Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC, 2011). Formação em Personal Professional Coaching, pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC, 2012). Autorizada para trabalhar com o método de Argila em processo terapêutico (Argilina, 2017). Atuação Profissional como Psicóloga Organizacional do Trabalho de 2006 à 2016. Atuação na docência de 2013 à 2017. Atuação recente (2017) na Psicologia Escolar. Atuação na Clínica Terapêutica desde 2008 até o presente momento com atendimentos clínicos, avaliações e palestras.
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