“Junho é o mês de ser feliz”. Essa frase, dita por uma amiga, ficou em minha cabeça por semanas até esse momento. Que coisa curiosa de se dizer!
Mas afinal, Junho é mesmo o mês mais feliz no ano?
O frio começa a mostrar as caras, trocamos um bom sorvete de casquinha por chocolate quente, e a estrela da vez se torna as festas juninas. Perco as contas de quantas celebrações como essa já participei em minha vida. Dancei quadrilha, me vesti de caipirinha e comi comidas deliciosas.
Contudo, por que será que as tradições juninas continuam firmes e fortes mesmo com o passar o tempo?
Para tentar achar essa resposta, tive que tirar meus olhos do pastel de carne quentinho em minhas mãos e começar a olhar em volta com um pouco mais de sensibilidade.
Foi um dos primeiros dias de frio desse ano, eu queria mesmo era estar toda enrolada em baixo das cobertas do meu quarto, mas enfrentei a preguiça, coloquei todo as roupas de inverno que tinha e fui para uma festa junina.
A cada metro mais perto da festa, o clima começava a esquentar, mesmo que, na realidade, os graus do termômetro só caiam. Pessoas caracterizadas, bandeirolas coloridas e as músicas típicas que todo mundo sabe na ponta língua mas nunca admite, tudo isso enchia os meus olhos.
Foi como se uma fogueira interna aquecesse cada pessoa naquele recinto. Todos sorriam, cantavam, dançavam e compartilhavam momentos alegres. E de pouquinho em pouquinho fui começando a entender porque a festa junina é tão popular.
Muito antes de se tornarem um comemoração cristã, as festas juninas demarcavam a época do solstício de inverno para crenças pagãs. Nesse período, celebrações eram feitas para comemorar a passagem bem sucedida e fértil da metade do ano.
Os alimentos da época, como o milho e o arroz, se transformavam em comidas deliciosas que fazem nossa alegria até hoje. Música e danças se tornavam uma forma de agradecer aos deuses por pela boa colheita.
E talvez seja isso. Enquanto eu andava por aquela festa junina bastante típica, comecei a perceber que essa tradição continua no gosto do povo como uma forma de celebrar os acontecimentos do ano até aquele momento, sendo bons ou ruins.
É poder se aquecer ao lado das pessoas que se ama, é se divertir com as roupas engraçadas, com as quadrilhas malucas e com os jogos de barraca. É estar feliz pelo simples fato de poder comer um bolo de milho ou tomar um quentão.
A festa junina é um sucesso por ser simples e acolhedora.
Após ler esse texto, encontrado na internet, fica fácil associá-lo às fotos tiradas na Festa Junina promovida pela Escola Municipal Tasso da Silveira. No semblante de todos, alegria; nas roupas, um colorido intenso; entre alunos, professores e direção, união; no bairro Jardim Cruzeiro, respeito à tradição.
http://www.jornaljr.com.br/2017/06/21/festa-junina-tradicao-de-alegria/
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