No pátio da escola, instintivamente, ela correu para mim. Uma menina? Nossa! Me derreti inteira, não quero falar DERRETI-ME.
Abraçou-me. Minhas mãos correram pelos seus cabelos lisos e loiros. As mãos dela pararam nos meus cabelos curtos e crespos. Seus dedinhos viajaram pelos meus cachos.
Éramos duas pessoas, encantadas com o que a outra tinha de diferente.
Pensei: “Se uma criança é tão simples e tão pura assim, onde aprende a ser preconceituosa? Ela nasce com a pureza, ela nasce com o respeito ao próximo. Então por que acontecem tantos casos de falta de respeito às diferenças?”
Naquele momento era apenas um encontro café com leite. Um encontro com uma garotinha que se tornou minha amiga e faz questão de me abraçar na escola sempre que me vê, nós nos tornamos “melhores amigas”. Viva a diferença!
Edeliar Torres Saraiva
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