Se andas pela vida
E proclamas
A vida que tu vives como má.
Olhas a teu redor e observa
Que, sucumbidos ao peso da miséria,
Muitos caminham de “mal a pior.”
Por que reclamas insolente criatura
Que para sustentar-te
Comes banana?
Por que não olhas atrás de ti,
E vês que com a mesma gana
Alguém caminha recolhendo as cascas?
Mas... Por que devo olhar para a choupana,
E contentar-me por comer banana?
Por que eu tenho que olhar atrás,
Se, a minha frente, alguém come caviar?
Por que aceitar passivamente a pobreza?
Se Deus não criou o Mundo dividido em latifúndio,
Nem em realeza?
Oh! Tedioso, nefasto destino.
Por que obrigas uns a miserável sorte,
Vivendo a vida como se fosse a própria morte?
Enquanto a outros coroas com felicidade
Transformando o viver na mais pura vaidade?
Ou...Não será que tu sábio destino,
Dás a cada qual uma vara de condão?
Sonia Maria Almodovas Corrêa
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