Quando criança, ao sair da escola eu voava para o Bazar Toyo. Ficava alguns minutos namorando a vitrine das bonecas. Ia para casa imaginando que eram minhas. Falava com elas, trocava suas roupinhas, dava-lhe beijos como uma mãe amorosa. Sabia que era impossível minha mãe me comprar uma, e pedir só iria fazê-la sofrer. E para que eu - também - não sofresse a impossibilidade, aprendi a sonhar bem cedo. E bem cedo, aprendi, que eu poderia carregar quem eu amava no coração. E tê-la. Hoje, ajo assim com minha neta Lizzie que ainda não pude abraçá-la. A vitrine mudou para uma tela de computador, mas ainda sonho como uma criança. Sigo seu crescimento, e não esqueço do dia de seu aniversário. Feliz aniversário, boneca linda!
Mesversário, de nove meses.
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