Tenho 12 sobrinhos. O mais velho deles é mais velho que eu, aliás, três têm mais idade que eu. Por ordem, Bida, Natalina e Milton.
Bida mora em Mato Grosso, lendo minhas crônicas, certo dia me pediu no Facebook para escrever sobre ele.
Meu filho Marcus Nóbrega, interagiu e prontamente comentou:
- Escreva sobre aquela história da faculdade, mãe!
Vou contar. Meu apelido, desde pequena, é Nenê. Quem me chama assim são esses sobrinhos. Nenê para cá, Nenê para lá, afinal sou a mais nova.
Certa vez, estava na sala dos professores de uma universidade onde dava aula, no curso de letras. Ao meu redor, professores de todos os cursos. Gente renomada, estudiosa, professores e profissionais com larga experiência em suas áreas de atuação.
Sala cheia, horário do intervalo, geralmente, a sala impactava. Quando um aluno queria falar com determinado professor, parava na entrada e, timidamente, pedia que alguém chamasse a tal pessoa.
Eis que me chega o sobrinho Bida, o mais velho de todos. Aquele que mandava nas brincadeiras. Aquele que mandava na bola. Aquele que escolhia o lugar onde todos iriam. Aquele que estava sempre certo quando a gente brincava de stop. Aquele dizia que ameba não era animal. Aquele que fazia de gato e sapato os irmãos Milton e Natalina e os tios Nenê e Saraiva. (Ele vai me matar quando ler, kkkk)
Esse mesmo! Ele para na porta da sala dos professores e grita, visto que eu estava no fundo da sala:
- Nenê, vem cá!!!
Minha vontade foi fingir que não era comigo, mesmo diante do olhar dele direcionado para mim, mas, principalmente, diante do sorriso daqueles SENHORES.
Digo tudo isso, mas, no fundo do meu coração, digo que é uma pessoa especial para todos nós. Sabe aquela história do oprimido gostar do opressor? Assim somos nós. Tudo de bom, meu sobrinho!
Você tem algum parente assim? Comente sua história abaixo.
Edeliar Torres Saraiva
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