Na década de 70 eu estudei no Educandário. Lembro-me ainda de vários professores da época. Vivíamos o período da Ditadura Militar, mas, crianças, não tínhamos noção do regime reinante.
O máximo que vivenciamos foi a história da sala da caveira, boato que corria entre os alunos. Nada de oficial, claro.
Entrávamos em fila para a sala, desfilávamos todo dia 7 de Setembro e cantávamos antes de entrar para a sala de aula, cantar era sagrado. Músicas como “Criança Feliz”, “Uma casinha na beira da praia”, entre outras, fazem parte das memórias de quem estudou nessa época.
No recreio, duas brincadeiras predominavam: salva, para os mais agitados e roda, para as mais românticas e tímidas, eu, no caso. Uma das músicas cantadas era “Teresinha de Jesus”.
Professoras que construíram a história da educação na década de 70, no Educandário, nesse período. Além delas, eu me lembro de Vitória Santos, Dona Pompéia e Dona Sebastiana, mãe do Xororó (dentista), além da irmã Regina, Irmã Leoni e Margarida G. Recaldi, minha professora do primeiro ano. Nunca soube o que significava a letra G.
Lucinda Calderon e Alcebiades Calderon, estudaram nessa época. Eles moravam em Tapejara e os pais de ambos se revezavam para trazê-los à escola. Para mim, Tapejara era do outro lado do mundo.
Naquela época, a Escola tinha o projeto Internato e Semi-internato para as alunas. Elas moravam no Colégio. Algumas só iam para casa no fim de semana; outras, depois das 17h00, todo dia. Algumas, realmente, moravam lá. Lembro-me de Dirley Zolletti que era semi-interna.
No colégio havia aula de música com duas grandes professoras: Irmã Ana Tomczac e a Dona Lairce Ribas. Eu fiz aula de violão Dona Lairce.
Lembro-me com carinho, de que ela ensaiou conosco a música “Açum Preto”, do Luis Gonzaga e fomos tocar em Umuarama. Fomos de kombi. Nossa! Ela nos ensaiava com muita empolgação para participarmos daquela AUDIÇÃO. Foi um sucesso! Entre as alunas, Lucíola Cebrian e Denise Nóbrega Gomes.
Silma Matos fazia aula de Piano com a Irmã Ana Tomczac. Eram muitas, mas lembro-me dela. Chegava de bicicleta e ia para a sala do porão, onde a querida e saudosa e exigente Irmã Ana dava aula de Música. O piano ainda está na FACO.
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